O último trecho da nossa viagem à Mendoza reservou aquele “auge” que deixa qualquer roteiro inesquecível e com gostinho de “quero mais”. Esse auge foi o Vale do Uco.
Deixamos Luján de Cuyo em direção ao Vale do Uco num belíssimo dia ensolarado. O nosso hotel na região foi Casa de Uco, porém falo sobre ele daqui a pouco, pois antes de chegarmos ao hotel tivemos duas paradas em duas vinícolas espetaculares: Diamandes e MonteViejo.
Ambas vinícolas fazem parte do “complexo”, se assim posso chamar, Clos de los Siete. Eu apenas conhecia Clos de los Siete como uma marca de vinho, mas na verdade trata-se de uma área com 850 ha e que foi adquirida por sete sócios franceses, daí Clos de los Siete (Clos na realidade significa uma vinícola cercada por muros que servem de proteção e para ajudar no mesoclima da vinícola).
Esses sete sócios formaram quatro vinícolas independentes: Diamandes, Monteviejo, Cuvelier los Andes e Bodega Rolland. As duas primeiras foram a que visitamos nesse trecho da viagem.
Cada vinícola produz seus vinhos e são negócios totalmente separados, porém para produzir o vinho Clos de los Siete essas vinícolas se juntam, cada uma fornece parte da produção de uvas e assim nasce esse vinho.
A região do Uco é cercada pelos Andes o que traz uma beleza impressionante para o vale (a paisagem é realmente de tirar o fôlego) e permite uma amplitude térmica maior. Isso faz com que a uva desenvolva uma “camada” extra de proteção, e essa camada contribui para intensificar a doçura das uvas e confere elementos diferenciados de aroma e paladar aos vinhos da região.
Esse vinícola é simplesmente impressionante. Desde sua arquitetura e decoração até os elementos relacionados à cultura das uvas e produção dos vinhos. De propriedade da família francesa Bonnie, dona de dois chateaus na França onde se produz vinho, a Diamandes traz uma mescla de tradição e modernidade.
A entrada já brilha aos olhos, e sem trocadilho, já que há uma escultura de um diamante estilizado em aço o qual harmoniza com a construção toda feita em concreto e pedra. Aliás, essa escultura tem uma “função” bem interessante, além de decorar o local. A ponta da escultura indica a sala privativa de degustação onde garrafas retiradas de cada safra estão armazenadas.
A sala, a propósito, mais parece uma “bat caverna” e do ponto correto, além de se mirar a escultura é o único ponto da sala onde se produz eco. Um passo à direita ou à esquerda e o eco desaparece. Realmente um ponto de atração da Diamandes.
Antes de chegar à essa sala passamos pela área dos tanques, os quais ficam enterrados permitindo que se utilize o processo por gravidade para iniciar a fermentação das uvas. Cada tanque é controlado por computador a fim de manter a temperatura ideal para cada fase da fermentação… o toque da modernidade que contrasta com a colheita e seleção das uvas que é feita manualmente em toda área de 120 ha.
O resultado desse mix tecnologia-tradição é uma linha de vinhos surpreendente que compreende: Perlita Rosado, Perlita Malbec-Syrah, Diamandes de Uco Malbec e o Grande Reserve Malbec-Cabernet.
A Diamandes não pode ficar de fora do seu roteiro à Mendoza.
Veja mais fotos ao final desse post.
The last part of our trip in Mendoza was the “peak” to make any trip unforgettable and wish to return. This peak was Vale do Uco (Uco Valley).
We left Luján de Cuyo to Vale do Uco under a beautiful sunny day. The hotel in that region was Casa de Uco, but I´ll talk about it later, as we had two special stops before reaching the hotel in two spectacular wineries: Diamandes and MonteViejo.
Both wineries are part of the “complex”, if I can call it this way, Clos de los Siete. I was just aware of Clos de los Siete as a wine label, but in fact it´s a 850 ha area, acquired by a group of seven partners from France, originating the name Clos de los Siete (winery of the seven). A clos (French ‘enclosure’) is a walled vineyard to protect the grapes and may improve the mesoclimate.
These seven partners built four different and independent wineries at Clos de los Siete: Diamandes, Monteviejo, Cuvelier los Andes and Bodega Rolland. The two first mentioned were part of our trip this time.
Each winery has its own grape plantation, wine production and labels as independent business. However, in order to produce the Clos de los Siete wine they work together, each one contributing with part of the grapes and this is the way they produce it.
Vale do Uco region is surrounded by the Andes bringing a breathtaking landscape and also is responsible for high diurnal temperature variation. It makes the grapes to develop an “over skin” to protect themselves. This extra skin intensify the sweetness of the grapes and offers special elements of aroma and taste to the wines of this region.
This winery is simply amazing. Starting from its architecture and decoration to the elements related to grapes cultivation and wine production. It belongs to the Bonnie family, a French family who owns two chateaus in France also dedicated to wine production, Diamandes brings a mix of tradition and modernity.
The entrance is impressive as there is a sculpture of a diamond made in steel, harmonising with the architecture of the building in stones and concrete. This sculpture, by the way, has an interesting “function”, besides decorating the place. Its peak indicates the private tasting room where we can find bottles from each production ever made by Diamandes.
The room is a kind of “bat cave” and has a specific point where we can see the peak of the diamond sculpture but also this is the only point of the room where we hear echo. One step to the right or to the left, no more echo in the room. No doubt this is one of the attractions at Diamandes.
Before reaching this room we passed by the tanks area. The tanks are located in different levels below the ground allowing gravity flow process and natural thermal insulation. Each tank is controlled by a computer in order to maintain the ideal temperature in each part of the fermentation process… the modern touch in contrast with the grapes harvest and selection which is done manually in all 120 ha area.
The result of this mix technology-tradition is a list of superb wine labels: Perlita Rosado, Perlita Malbec-Syrah, Diamandes de Uco Malbec and Grande Reserve Malbec-Cabernet.
Diamandes is a must in your visit to Mendoza.